Confesso, nunca gostei muito da palavra fotografia.
Sempre me foi muito mais complexo o mundo das imagens do que seu conteúdo final, a foto, física ou virtual, o trabalho pronto que visa transmitir uma informação. O tom que gosto, talvez seria “captar imagens”, e a essa – Arte -, nós fotógrafos muitas vezes conduzimos percepções de mundo que são reflexo de nossas emoções.
Sejam elas lágrimas de um pai, o sorriso de uma noiva ao dizer o sim, o olhar apaixonado de um arquiteto por sua obra, as linhas cuidadosamente pensadas de um produto um dia desenhado a mão, ou mesmo uma paisagem montanhosa e distante que nos gera uma sensação única de grandiosidade, nosso papel sempre vai ser enxergar com os olhos daqueles que sentem o momento, e aí sim finalmente conseguir expressar em cores algo que transponha os limites do tempo em nossa memória.
Fotógrafos, captadores de imagens, narradores de histórias, independente da classificação, serão sempre artistas.
Talvez essa palavra final abrace um pouco mais da grandiosidade que faz parte esta profissão e modo de perceber o mundo.
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